A Palavra do Ano de 2023 é Mudanças Climáticas. São dois termos que, segundo 37% dos respondentes da pesquisa realizada pela CAUSE junto ao Instituto de Pesquisa IDEIA, definem o espírito da época.
Essa é a oitava edição do levantamento, que consulta pessoas de todo o Brasil e, desta vez, também fez uma rodada nas principais favelas do país, em parceria com a PiniOn. Chamada de Nós da Comunidade, essa fase também revelou que a Palavra do Ano nessas regiões é “Mudanças Climáticas” (36%).
O resultado foi praticamente o mesmo, mas é importante considerar que, diante de eventos climáticos e meteorológicos extremos, as perdas e danos causados são ainda mais graves para a população que vive à margem dos grandes centros urbanos, como moradores de favelas e periferias. Nos últimos 10 anos, esses grupos morreram 15 vezes mais por secas, enchentes e tempestades, em todo o mundo, do que aqueles que vivem em condições mais seguras, de acordo com o 6º Relatório de Avaliação do IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas (ONU), divulgado em 2022.
Em entrevista ao Jornal Hoje, que foi ao ar no último sábado (9), Leando Machado, cientista político e sócio da CAUSE, falou sobre o resultado da pesquisa, justamente, por esse prisma da desigualdade climática.