Transição ecológica em xeque: O Brasil na encruzilhada da coerência ambiental.
O recente artigo de Ilona Szabó para Folha de São Paulo revela a dura realidade pós COP28, onde a busca pela coerência na transição de modelos de desenvolvimento eco-friendly ganha destaque. Entre as lições aprendidas em Dubai, a necessidade de uma mudança global para sociedades inclusivas, verdes e sustentáveis é clara.
O Brasil, almejando liderança na transição e prestes a sediar a COP30 na Amazônia, encontrou obstáculos no caminho. Apesar do forte discurso na COP28 sobre financiamento para países em desenvolvimento, nosso país recebeu o anti prêmio “Fóssil do Dia”, dadas as contradições.
A possível adesão à Opep+(extensão do maior cartel de petróleo do mundo) gerou polêmica, obscurecendo iniciativas positivas. A oferta de 603 novos blocos de petróleo após a redução do desmatamento na Amazônia levanta preocupações. São ações que podem anular os ganhos ecológicos alcançados. O desafio é monumental, mas, como aponta o Global Tipping Points Report 2023, o custo de não enfrentá-lo é ainda maior.
Com a palavra ‘Mudanças climáticas’ sendo a eleita do ano para 37% dos entrevistados pela pesquisa da CAUSE e do Instituto IDEIA, a sociedade está atenta. O Brasil tem uma curta janela até a COP30 para liderar a transição para uma economia verde. Isso requer negociações estratégicas, investimentos e riscos calculados. Liderar pelo exemplo demanda responsabilidade, transparência e, acima de tudo, coerência.